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Mais Abraços // Segunda-feira 19 Setembro, 2022 // #pais, #filhos, #emocoes, #pós-parto
Felizmente, ao contrário do que acontecia há poucas gerações, hoje é cada vez maior o número de homens que desejam se envolver totalmente nos cuidados com os filhos e as filhas desde o momento em que o exame da parceira deu resultado positivo.
No entanto, por causa de estereótipos ou padrões ainda arraigados na sociedade, muitos pais de primeira viagem se sentem um tanto perdidos quando a mulher deixa o hospital e o casal se vê às voltas com um recém-nascido para cuidar. A saúde mental paterna, nesse momento, pode ser afetada por medo, ansiedade e um desejo imenso de fazer tudo certo.
É importante ter em mente que não é só a vida da mulher que muda totalmente, a do homem também se transforma significativamente. "E não é somente a rotina que se transforma, é todo o aspecto emocional do pai. Muitos sentimentos surgem, pois o homem inicia uma nova fase e um novo papel na vida", comenta o psicólogo Yuri Busin, mestre e doutor em neurociência do comportamento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental — Equilíbrio (CASME).
Para Busin, depois que se torna pai, o homem não deve esquecer que continua sendo marido, amigo, irmão, trabalhador e filho, entre outros papéis sociais que ocupa. Ele também precisa de um tempo e de um espaço só para si. "Isso não significa deixar toda a responsabilidade dos cuidados com o bebê para a mãe, mas estabelecer um acordo entre o casal para que criem esses espaços individuais na rotina", sugere.
Da mesma forma que contar com uma rede de apoio é essencial para a saúde mental da mãe, o pai também necessita compartilhar suas dúvidas e angústias com pessoas de confiança que possam ajudar nesse momento.
O início da paternidade é permeado por emoções e, embora o tema ainda seja pouco discutido, alguns homens podem apresentar a chamada depressão pós-parto paterna, além de alterações como estresse e transtornos de humor. Ter com quem bater um papo e dividir preocupações pode fazer toda a diferença.
Em alguns casos, mulheres que tiveram uma educação mais conservadora e calcada em padrões de gênero podem se sentir incomodadas quando o parceiro se dispõe a ajudá-las, acreditando que só elas são capazes de fazer do jeito "certo". Acontece que as pessoas são diferentes entre si e, portanto, fazem as coisas de modos distintos umas das outras. O pai não vai trocar a fralda ou brincar com a criança da mesma forma que a mãe. O jeito dele não é necessariamente “errado”, é apenas o jeito “dele”. E essa variação de modos é inclusive muito importante para o enriquecimento do universo dessa criança, que aprende com diversas referências de confiança.
Críticas e implicâncias só causam desgaste e ruídos na relação. Com uma boa conversa, os pais e as mães podem tomar decisões boas para a família e, juntos, cuidarem da saúde mental do casal.
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* O especialista consultado sobre esta matéria foi ouvido como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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