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Mais Abraços // Segunda-feira 19 Setembro, 2022 // #maes, #pos-parto, #cuidados, #emocoes
Você já ouviu falar em cinta pós-parto? Tem curiosidade de saber como funciona?
Após o nascimento do bebê, é comum que algumas mulheres tenham a sensação de que os órgãos internos estão "soltos" dentro da barriga e, por isso, resolvem aderir à cinta para se sentirem mais seguras. Segundo Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês e do Hospital Israelita Albert Einstein, quando o bebê nasce, há uma distensão da parede do abdome. A placenta é eliminada, o útero regride de tamanho e essa distensão se transforma em flacidez. "Isso faz com que a paciente tenha essa impressão, principalmente nas primeiras semanas de puerpério", explica.
Um dos principais benefícios da cinta pós-parto relatado pelas mulheres é o de sentir "tudo no lugar". Há mães que relatam uma maior comodidade com o uso da peça para se mexer e se locomover após a cesárea, com o alívio para as dores nas costas.
Antes de usar cinta pós-parto, porém, vale a pena ouvir a opinião do ou da obstetra. O acessório não costuma ser recomendado por especialistas, exceto em situações especiais como distensão abdominal muito severa ou hérnia umbilical.
Embora seja muito utilizada por várias mulheres para "acelerar" a volta ao corpo de antes da gestação, de acordo com Pupo, não existe nenhuma evidência científica sobre benefícios estéticos do uso da cinta. Ela não faz com que a aparência do abdome volte ao normal com mais antecedência, pois isso depende de vários fatores e varia de mulher para mulher. Além disso, o corpo demora por volta de seis meses para retornar ao estado de antes da gravidez. "A cinta também não ajuda a proteger a cicatriz em caso de cesárea, nem combate a diástase do músculo reto abdominal", afirma o médico.
No caso das gestantes que fizeram uma cirurgia cesariana, é preciso tomar alguns cuidados para garantir que a cinta não traga problemas para a cicatrização. O primeiro deles é com o tamanho desse acessório. Se ela for muito apertada, pode prejudicar a irrigação sanguínea e dificultar o fechamento do corte. A trama da cinta ficar raspando na ferida cirúrgica também pode atrapalhar esse processo. Para quem decidir usar, o ideal é proteger o local do corte com curativo ou gaze antes de colocá-la. Lembrando que a melhor cinta pós-parto é aquela que o seu médico recomendar para o seu caso.
Em alguns casos, não usar a cinta pode levar a formação de um seroma, que é o acúmulo de líquido no local da cesárea. O ideal é, se houver necessidade e conforme indicação do ou da obstetra, usar a cinta no puerpério por pouco tempo e somente depois da primeira evacuação após o parto. "A primeira ida ao banheiro provoca uma diminuição da distensão das alças do intestino, o que faz com que a cinta não pressione muito essas alças contra o diafragma, o que pode gerar um desconforto respiratório para as pacientes", afirma Pupo.
Apesar de ser um item usado há muito tempo por diversas mulheres, tire todas as suas dúvidas sobre a cinta pós-parto no consultório. O mais importante, nesse momento, é ouvir as orientações médicas para as suas necessidades e ter em mente que, em alguns meses, quem se sente incomodada com uma possível flacidez já estará liberada para praticar exercícios de fortalecimentos e fazer intervenções estéticas, se assim desejar.
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* O especialista consultado sobre esta matéria foi ouvido como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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