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Mais Abraços // Segunda-feira 19 Setembro, 2022 // #saude mental, #emocoes, #filhos, #cuidados
A depressão pós-parto ainda é tabu para muita gente. Já se espera que, após dar à luz, a mulher passe por uma série de mudanças tanto físicas quanto emocionais, mas o que muitas mulheres não esperam é sentir melancolia e angústia num momento que carrega tanta alegria.
Afetando cerca de 25% das mulheres, conforme pesquisa divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2021, a doença pode estar associada a fatores físicos e emocionais e estilo e qualidade de vida, além de ter ligação com transtornos mentais. No entanto, a principal causa da doença é o grande desequilíbrio de hormônios que normalmente acontece no fim da gravidez. Em alguns casos, a depressão pode ter início durante a própria gestação, mas não ser detectada naquele momento.
A boa notícia é que há tratamento para a depressão pós-parto. Quando os sintomas da depressão pós-parto são percebidos logo, o transtorno pode ser tratado e a mãe pode se dedicar com paz e equilíbrio ao bebê e a si mesma. Segundo o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura Junior, o tratamento é composto de sessões de psicoterapia associadas a medicamentos antidepressivos. "Embora determinadas medicações não sejam aconselhadas durante a amamentação, os danos para o bebê são mínimos diante dos riscos de um quadro depressivo não tratado. Aliás, hoje em dia, existem medicações seguras tanto para a gestação como durante a amamentação", afirma.
Entre as substâncias mais adotadas para o tratamento medicamentoso para depressão pós-parto estão as inibidoras de recaptação de serotonina, como fluoxetina, paroxetina e sertralina. "Há estudos que indicam que a fluoxetina é a mais segura, mas todas as possibilidades são viáveis", explica Bottura. Ele fala sobre a possibilidade de ser feito um teste farmacogenético, através da saliva, para identificar quais são os medicamentos com menos probabilidades de danos. Infelizmente, os resultados levam cerca de um mês para ficarem prontos — e uma mãe em estado de sofrimento não pode esperar todo esse tempo, certo?
Muitas mães se sentem culpadas pelo estado em que se encontram e pelos sentimentos conflitantes que a depressão traz. Mesmo que a doença não impacte os cuidados com o bebê, sintomas como cansaço excessivo e desânimo podem fragilizar emocionalmente a mulher. É por isso que, além de contar com uma rede de apoio, a terapia é importante para que a mãe entenda melhor pelo que ela está passando.
Bottura explica, entretanto, que apenas as sessões de psicoterapia ou terapia em grupos de apoio não são suficientes para um tratamento eficaz, pois é preciso estabilizar o humor ao mesmo tempo em que as questões emocionais são elaboradas com ajuda profissional. É válido lembrar que, em manifestações da depressão pós-parto grave, muitas mulheres perdem o interesse pelos cuidados com o bebê e até se recusam a amamentar o filho.
Se não tratada, a depressão pós-parto pode se tornar crônica. Por isso é importante buscar tratamento o quanto antes. Cada mulher requer um tempo específico de tratamento, mas, com as medidas adequadas seguidas à risca, logo a situação se estabiliza e é possível aproveitar com maior leveza os momentos de alegria com o bebê.
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* O especialista consultado sobre esta matéria foi ouvido como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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