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Mais Abraços // Terça-feira 21 Novembro, 2023 // #diu, #gravidez
Os dispositivos intrauterinos — também conhecidos pela sigla DIU — estão entre os métodos mais indicados para prevenir uma gravidez indesejada. Segundo diversas instituições nacionais e internacionais, a eficácia desses aparelhos ultrapassa os 99%.
Além de ter um funcionamento bem conhecido e efetivo, o DIU ainda traz a vantagem de agir de forma contínua, sem a necessidade de uma ação direta da mulher ou do parceiro na hora do sexo. Já a camisinha ou a pílula anticoncepcional demandam esse cuidado diário (ou a cada relação sexual). Esquecê-los uma única vez já é suficiente para que uma gestação aconteça.
Mas quais são os tipos de DIU? Como eles são colocados? E se eu quiser engravidar depois? Nós preparamos um guia com as principais perguntas e respostas sobre os dispositivos intrauterinos, como você confere a seguir.
DIU é a sigla para dispositivos intrauterinos. Falamos aqui de pequenas peças flexíveis que são colocados no útero para prevenir uma gravidez.
A associação Planned Parenthood, dos Estados Unidos, explica que eles são pequenas peças de plástico flexível com formato da letra T ou em forma de uma ferradura. O DIU é estudado e usado há muitos anos como um dos principais métodos contraceptivos à disposição das mulheres.
O DIU tem basicamente dois tipos: os feitos de cobre e aqueles com ação hormonal. Como o próprio nome já adianta, o DIU de cobre traz esse metal em sua superfície. Já o DIU hormonal carrega uma substância chamada progestina.
Depende do tipo. De acordo com uma cartilha do Fundo de População das Nações Unidas (Funpa), esses dispositivos provocam “mudanças bioquímicas e morfológicas” no endométrio, a camada interna do útero.
O DIU de cobre promove um aumento da produção de substâncias chamadas prostaglandina. Ele também inibe algumas enzimas endometriais que propiciam a gravidez. Além disso, esse aparelhinho altera o muco cervical, tornando esse líquido mais espesso.
Todas essas transformações no útero dificultam a movimentação dos espermatozoides. Com isso, os gametas masculinos não conseguem “nadar” pelo órgão e não alcançam o óvulo nas trompas.
No fim das contas, se espermatozoide e óvulo não se encontram, não há gravidez.
O DIU hormonal tem uma ação parecida. Os hormônios presentes nessa peça engrossam o muco cervical e impedem que os óvulos desçam até o útero.
Na tabela a seguir, você confere a eficácia dos principais métodos contraceptivos disponíveis. Os dados são do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS na sigla em inglês).
Repare bem: há uma taxa para “uso perfeito”, quando não há nenhuma falha ou esquecimento, e “uso típico”, que é a média encontrada pelos pesquisadores na vida real.
Método contraceptivo
Uso perfeito
Uso típico
DIU
99%
Não se aplica*
Anel vaginal
91%
Pílula
Camisinha masculina
98%
82%
Camisinha feminina
95%
79%
Diafragma
92 a 96%
71 a 88%
Monitoramento da fertilidade
76%
No caso do DIU, não existe uso típico — uma vez que o dispositivo é instalado, ele passa a funcionar sem a necessidade de qualquer intervenção por um período que vai de 3 a 12 anos.
E uma ponderação importante: apesar da camisinha ter uma eficácia mais baixa no “uso típico”, ela não previne apenas a gravidez indesejada. Portanto, utilizá-la também é essencial para evitar as infecções sexualmente transmissíveis, como aquelas causadas por HIV, HPV, herpes e gonorreia.
O dispositivo pode ser instalado por médicos e enfermeiros em clínicas e postos de saúde.
Após uma análise feita no consultório, o profissional de saúde usa o espéculo (o popular “bico de pato”) para abrir o canal vaginal. Na sequência, ele insere o DIU no útero.
O procedimento é simples, e costuma durar menos de cinco minutos, mas pode gerar dor e desconforto. Ele pode ser feito em qualquer momento do ciclo menstrual — e até mesmo logo após um parto ou um aborto espontâneo.
A mulher pode sentir um pouco de dor ou uma espécie de cãibra imediatamente logo após instalar o DIU. Geralmente, os médicos prescrevem remédios para lidar com esse incômodo.
A cartilha do Funpa lembra que outros efeitos colaterais são aumento do fluxo menstrual, principalmente nos três primeiros meses após a colocação do DIU de cobre, e aparecimento transitório de cólicas. O DIU hormonal, por outro lado, pode reduzir o fluxo menstrual.
A Clínica Mayo, dos Estados Unidos, lista outros possíveis efeitos adversos, que valem tanto para o DIU de cobre quanto para o hormonal:
Dor de cabeça;
Acne;
Dor nos seios;
Menstruação desregulada;
Mudanças de humor;
Dor pélvica.
Vale ressaltar que esses sinais costumam ser transitórios — e melhoram com o auxílio de algumas medicações indicadas por um especialista. Importante: o DIU não causa câncer de endométrio.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não encontrou um aumento significativo no peso de mulheres que usavam o DIU de cobre ou o hormonal.
O DIU de cobre, particularmente, não tem nenhuma influência em hormônios do corpo. Portanto, não possui nenhuma relação direta com quadros de sobrepeso ou obesidade. Alguns médicos dizem que o DIU hormonal pode ter um efeito no peso, mas é algo muito discreto.
Na dúvida, vale conversar com um profissional de saúde especializado no assunto, como o endocrinologista.
Antes de mais nada, a relação sexual não costuma alterar a posição do DIU. Afinal, ele está posicionado mais acima, no útero, e a penetração acontece apenas pela vagina durante o sexo.
O deslocamento do DIU é raro, mas pode acontecer. Isso ocorre principalmente nos primeiros meses, quando o corpo ainda está se adaptando à presença do dispositivo. Os principais sinais disso são dor ou sangramento.
Nesses casos, a recomendação é visitar um profissional de saúde, que pode detectar o deslocamento e determinar o melhor procedimento e tratamento a ser feito. No caso do DIU de cobre, a eficácia pode ser comprometida, já para o DIU hormonal, a proteção contra gravidez costuma se manter mesmo em casos de movimentação do dispositivo dentro do útero.
A associação Planned Parenthood dos EUA, aponta que as principais vantagens do DIU são:
Eficácia altíssima;
Conveniência;
Possibilidade de reverter, caso exista o desejo de engravidar;
Melhora dos ciclos menstruais (no caso do DIU hormonal);
Já entre as desvantagens, destacam-se:
Pode ter alguns efeitos colaterais em algumas mulheres;
Não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis;
A instalação pode ser um tanto dolorosa;
É contraindicado para mulheres com infecções, suspeita de gravidez e câncer de colo de útero não tratado.
Sem problemas. O DIU conta com uma cordinha de náilon, que o profissional de saúde pode puxar para fazer a remoção — os braços do dispositivo, que formam o “T” ou a ferradura, se dobram facilmente.
O DIU dura entre 3 e 12 anos, mas pode ser retirado a qualquer momento.
Se a mulher deseja engravidar, é importante saber que a fertilidade volta ao normal quase imediatamente. Ou seja, o casal pode começar a tentar ter um filho assim que quiser depois de realizado o procedimento de remoção do DIU.
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