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Mais Abraços // Sexta-feira 14 Janeiro, 2022 // #gravidez, #depois-dos-40
Nos últimos anos, boa parte das mulheres tem deixado os planos de engravidar para mais tarde, quando já estão profissionalmente estabilizadas. No Brasil, a gravidez após os 35 anos aumentou 65% em 20 anos, de acordo com levantamento do jornal Folha de S.Paulo, que analisou as Declarações de Nascidos Vivos recolhidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
Com isso, o mito de que a gravidez depois dos 40 anos é muito arriscada caiu por terra. Mas ainda é preciso ter alguns cuidados.
O primeiro passo para a mulher que passou dos 40 e quer engravidar é o mesmo para as mulheres de todas as outras idades: buscar um médico ou uma médica e fazer um check-up para conferir como está a sua saúde. A diferença, segundo Larissa Cassiano, obstetra especialista em gravidez de risco, é que, no caso das mulheres com mais de 35 anos, é preciso ter atenção redobrada com alguns pontos como predisposição a diabetes e pressão arterial mais elevada.
Ela explica que algumas possíveis complicações da gravidez, como diabetes gestacional, eclampsia e perda gestacional, são mais comuns em quem tem gestação tardia e, por isso, é preciso ficar mais atenta. Mas ela lembra que é apenas um alerta e que essas complicações podem ocorrer com grávidas de todas as idades. Então, não desanime!
Além disso, depois do check-up, é possível contornar qualquer alteração com ajuda do seu médico e garantir que sua saúde esteja em dia para engravidar. Uma rotina de exercícios constante, o consumo de água no dia a dia e uma dieta balanceada em nutrientes também são fundamentais para aumentar as chances de engravidar e ter uma gestação tranquila.
Ainda que a medicina tenha evoluído e a gravidez tardia não apresente mais tantos riscos como no passado, a constatação de que engravidar depois dos 40 é mais difícil continua sendo verdade, e o motivo é biológico. É que mesmo que as mulheres não produzam mais óvulos depois do nascimento, tendo a quantidade de óvulos disponíveis diminuída a cada menstruação, a partir dos 32 anos, esses óvulos também entram em um processo de envelhecimento, o qual se acentua perto dos 35 anos, chegando a reduzir as chances de engravidar para 50%.
Por isso, uma dica que a obstetra Larissa Cassiano dá para aumentar as chances de engravidar é recorrer a testes de ovulação disponíveis em farmácias. Eles medem a quantidade de hormônio LH que você está produzindo e indicam se você está no período fértil. Muito parecidos com os testes de gravidez, também usam a urina para fazer a medição hormonal, mas a forma como eles funcionam varia, por isso, é importante observar as instruções do que você escolheu. Se o teste indicar que você está no período fértil, aumente as tentativas.
Outra possibilidade é solicitar ao seu médico ou à sua médica que faça um pedido de exame para avaliar o hormônio anti-mülleriano, que é um marcador que facilita a avaliação da sua reserva ovariana. Ou seja, ele determina a quantidade e a saúde dos seus óvulos. Com o resultado em mãos, seu médico ou sua médica pode avaliar suas chances de fertilidade e propor alternativas, se necessário.
Outra dificuldade que a gestante tardia pode encontrar é a de ter maior propensão ao aborto espontâneo. Após os 40 anos, o risco de aborto chega a 25%. Existe, inclusive, a propensão ao aborto de repetição, que é quando a mulher chega a ter três ou mais perdas gestacionais seguidas. Por isso, é bastante comum ouvir de mulheres que engravidaram após os 40 anos histórias de aborto antes de conseguirem manter uma gestação saudável. Mas, com acompanhamento médico, é possível avaliar como minimizar e até mesmo contornar esse risco.
Com todas essas informações em mãos, é hora de se jogar nessa jornada. Lembre-se de estar sempre acompanhada por um médico ou uma médica para que a sua gravidez seja a mais tranquila possível.
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