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Mais Abraços // Segunda-feira 17 Julho, 2023 // #tentante, #engravidar, #muco cervical
Muco cervical nada mais é que uma substância naturalmente produzida pela mulher e percebida ao ir ao banheiro e fazer a higiene íntima. Essa secreção vaginal pode mudar: caso haja uma infecção, ela costuma ter cheiro forte, por exemplo, mas mesmo se não houver nenhum problema, o normal é que ela se transforme no correr do mês.
O motivo para isso está na reprodução: este muco acompanha o ciclo menstrual, que dura 28 dias, e se altera para, entre outros objetivos, facilitar a fecundação e a gravidez.
Conheça a seguir mais sobre essa substância e a importância dela para conseguir engravidar, caso você esteja tentando.
O muco cervical é uma substância produzida pelo colo do útero — região localizada logo acima do canal vaginal e que forma o início do útero — e desempenha um papel fundamental na fertilidade e na gravidez.
Além de ajudar na proteção do útero contra micro-organismos patogênicos, essa secreção tem a importante função de permitir que o espermatozoide se desloque adequadamente na sua trajetória em direção ao óvulo.
Sendo assim, ele muda de aspecto ao longo do ciclo menstrual de 28 dias das mulheres. No período fértil, quando a mulher ovula, ele fica bem fluido, ajudando os espermatozoides a “nadarem” bem ao encontro do gameta feminino, para que ocorra a fecundação e a formação de um embrião.
A Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, faz uma comparação no mínimo curiosa para explicar o que é o muco cervical. “Pense no útero como uma piscina. O muco cervical é a água e o espermatozoide é a pessoa que está tentando nadar”, diz a instituição. “Se a água da piscina estiver espessa ou semelhante a uma lama, não há como a pessoa nadar direito até chegar ao outro lado da piscina. Essa é a dificuldade que um espermatozoide pode ter para alcançar as trompas de Falópio [onde ocorre o encontro com o óvulo] se o muco cervical não estiver bom o suficiente”, conclui o texto.
O muco cervical é basicamente um facilitador, ou um “meio de transporte”, capaz de fazer os gametas masculinos chegarem com menos dificuldade ao destino final deles: o óvulo.
Já em outras fases do ciclo reprodutivo, quando a mulher não está ovulando, ele se torna mais pegajoso e age como uma barreira, tornando mais dificultosa a entrada dos espermatozoides no útero, já que as chances de acontecer uma fecundação são muito menores.
Além disso, o muco cervical também desempenha um papel de proteção do útero contra agentes infecciosos, impedindo a entrada de bactérias e outros micro-organismos na cavidade uterina.
O muco cervical é uma mistura de fluidos e células que são liberados pelo colo do útero em diferentes estágios do ciclo menstrual da mulher.
A cada 28 dias (período que pode variar de mulher para mulher), o muco cervical sofre mudanças significativas que refletem as flutuações hormonais. Essas alterações são geralmente divididas em três etapas distintas: a fase pré-ovulatória, a fase ovulatória e a fase pós-ovulatória.
Na fase pré-ovulatória, o muco cervical é geralmente espesso, pegajoso e mais escasso. Isso ocorre porque os níveis do hormônio estrogênio estão baixos e o corpo ainda está se preparando para a ovulação.
Na fase ovulatória, o muco cervical se torna mais líquido e elástico, semelhante a uma clara de ovo. Essa mudança ocorre devido ao aumento dos níveis de estrogênio e indica que a mulher está no período fértil e apta a engravidar — daí o organismo feminino dá aquele “empurrãozinho” para facilitar o trabalho dos espermatozoides.
Na fase pós-ovulatória, o muco cervical volta a ficar mais espesso e pegajoso, indicando que a ovulação já ocorreu e que a janela fértil da mulher acabou dessa vez (pelo menos até o próximo ciclo).
A Associação Americana de Gestação resume essas diferenças que acontecem no muco cervical da seguinte maneira:
A Clínica Cleveland, dos EUA, explica que o muco cervical se altera a partir de algumas condições e comportamentos. Vamos a eles:
Durante a amamentação;
Com uso regular de lubrificantes sexuais;
No uso de pílulas anticoncepcionais;
Diante de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
Quando ocorrem outras infecções vaginais, como vaginoses bacterianas;
Após cirurgias no útero;
Com o uso de medicações específicas;
Em quadros de estresse exacerbado;
Com mudanças na dieta.
Além da importância na fertilidade e na gravidez, o muco cervical também pode ser usado como um indicador de problemas de saúde. Alterações na quantidade, consistência ou cor do muco cervical podem indicar infecções, inflamações ou outros problemas de saúde ginecológicos que sempre exigem atenção médica.
Portanto, busque o auxílio de um profissional de saúde se notar alguma alteração consistente no muco cervical. O especialista pode fazer uma avaliação mais aprofundada e até diagnosticar doenças de forma precoce, o que sempre facilita tratamentos.
Em linhas gerais, beber bastante água e ter uma alimentação variada e equilibrada são regras que fazem bem à saúde e garantem uma boa produção de muco no aparelho reprodutor feminino.
O muco cervical pode ser usado como um indicador da fertilidade da mulher, como aponta um artigo da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA.
Ao monitorar as mudanças no muco cervical, uma mulher pode identificar a janela fértil e determinar o melhor momento para ter relações sexuais com o intuito de engravidar, caso esteja tentando, ou mesmo de evitá-la, caso não queira engravidar no momento.
A mulher pode avaliar a consistência dessa substância ao coletar um pouco de muco com a ponta dos dedos ou com o auxílio de um pedaço de papel higiênico. Essa avaliação, claro, não substitui outros exames mais apurados — e dificuldades para engravidar que perduram por vários meses ou anos devem sempre passar por uma avaliação médica.
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