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Mais Abraços // Terça-feira 3 Setembro, 2024 // #gravidez, #superfecundação heteropaternal
Muito discutida nos últimos tempos, a superfecundação heteropaternal (ou superfecundação heteroparental) que, de maneira simples, é a gestação de gêmeos com pais diferentes, tem despertado a curiosidade de muitas pessoas, principalmente de quem pretende engravidar ou está passando por um tratamento de fertilidade.
Para entender estes casos raros, veja a seguir como ocorre a superfecundação heteropaternal, quais são as probabilidades de acontecer e as características deste tipo de gestação.
Será que é possível ter gêmeos de pais diferentes? Descubra com a gente!
Vamos começar lembrando que todo mês a mulher libera apenas um óvulo durante o seu período fértil. É por isso que nós, da espécie humana, em geral, temos a gestação única. Mas, em casos raros, a mulher pode liberar mais de um óvulo.
“Se ocorrer a fecundação de dois óvulos, teremos gêmeos dizigóticos, ou seja, originados destes dois óvulos diferentes e não-idênticos, além disso, poderão ser de pais diferentes”, conta o médico ginecologista Alexandre Lobel, especialista em reprodução humana e preservação da fertilidade.
A superfecundação heteropaternal acontece caso a mulher libere dois óvulos e tenha relação sexual com dois homens diferentes (durante o mesmo ciclo menstrual) e, com isso, estes óvulos serão fecundados por um espermatozoide de cada homem.
“Ambos os bebês têm a mesma mãe, porém possuem pais diferentes. Portanto, é possível que a mulher fique grávida de dois homens ao mesmo tempo”, diz Alexandre.
Podem acontecer casos de superfecundação heteropaternal por conta de algum desequilíbrio hormonal ou uso de estimulantes para tratamento de fertilidade, como a fertilização in vitro.
O especialista ressalta que o fenômeno pode acontecer naturalmente no corpo da mulher. Porém, de fato, em tratamentos com de fertilidade, com o uso de indutores de ovulação, existe um aumento de risco para que isso aconteça.
Mas quais são as chances de acontecer? Para Alexandre, é muito difícil precisar a chance da superfecundação heteropaternal acontecer, uma vez que não é comum os obstetras realizarem teste de DNA em gêmeos dizigóticos.
“Falando em números, para se ter ideia, um estudo de 1992 encontrou três casos em uma base de 39 mil gestações no mundo. Em uma análise de processos de paternidade de gêmeos dizigóticos, a superfecundação heteropaternal foi encontrada em 2,4% dos casos”, relata o médico.
Em agosto de 2018, a revista científica colombiana Biomédica relatou um caso em que um homem foi ao laboratório médico da Universidade Nacional da Colômbia com a intenção de comprovar a paternidade de dois meninos gêmeos.
Os resultados das análises apontaram que a genética do pai só coincidia com uma das crianças. Por fim, os exames confirmam que cada gêmeo era de um pai biológico diferente.
Até 2022, foram registrados 20 casos de superfercundação heteroparental no mundo. Porém, Alexandre acredita que, com o avanço de textos genéticos, é possível que sejam identificados novos casos.
Segundo o médico, a superfecundação heteropaternal só é detectada após o parto. A gestação de gêmeos de pais diferentes segue os mesmos cuidados de uma gestação gemelar, isto é, é considerado um pré-natal de alto risco e deve ser acompanhado mais de perto pelo obstetra.
E será que existem riscos para a mãe ou para os bebês? Segundo o médico, normalmente, a gravidez de gêmeos apresenta maior riscos, como diabetes e hipertensão. Por isso, é indicado um acompanhamento médico mais próximo. Mas, com o cuidado adequado, é possível ter uma gestação completamente normal.
É tentante e tem dúvidas sobre a gestação de gêmeos? Fizemos um artigo completo respondendo perguntas frequentes e, principalmente contando quais são as chances de ter filhos gêmeos, entre elas a genética familiar e outros possíveis motivos.
Aproveite para ler outros artigos sobre gravidez e preparar-se da melhor maneira para viver esse momento tão mágico e especial. Te esperamos por aqui novamente!
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