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Mais Abraços // Quarta-feira 26 Janeiro, 2022 // #creche, #baba, #licenca-maternidade, #desapego, #bebe, #criança
Os quatro ou seis meses de licença-maternidade chegaram ao fim e a sensação é a de que eles passaram voando. Para além das questões emocionais de conseguir praticar esse desapego e voltar minimamente à rotina de antes de o bebê nascer, é preciso ainda definir quem ficará com a criança durante a sua ausência. Nessa hora, muitas dúvidas e até julgamentos podem surgir. Mas, então: creche ou babá? Qual é a melhor opção?
Segundo enquete feita pela revista Crescer com 577 pais, 36% deles decidiram ficar com os filhos integralmente após a licença-maternidade/paternidade, 29% apostaram na escola, 26% deixaram sob os cuidados dos avós e 9% contrataram uma babá.
Mas respire fundo! Esse dilema é comum a todas as famílias. Seja qual for a sua decisão, todas as opções são válidas e possuem prós e contras. O que vale é o que funciona melhor para a sua família e o que faz vocês se sentirem melhor.
Confira, a seguir, alguns pontos importantes a serem considerados antes de tomar uma decisão.
Sabemos da importância do ambiente escolar para a formação da criança. É lá que boa parte do desenvolvimento social e neurológico dos pequenos ocorre, pois são expostos não só a práticas educativas, como também ao convívio com seus semelhantes. À revista Crescer, Neide Barbosa Saisi, pedagoga, psicóloga e professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), defende que os pais sempre devem estar presentes na vida dos filhos, mas que a instituição de ensino tem papel fundamental desde a primeira infância.
“Quanto mais cedo a criança for à escola, melhor será seu desenvolvimento porque ela aumentará o repertório intelectual e afetivo, vai interagir com crianças da mesma idade e com outros adultos. Quer dizer, entrará em contato com o mundo”, afirma. Há também de se levar em consideração o fenômeno da neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de ser “elástico” e conseguir armazenar cada vez mais informações.
Durante a infância, a neuroplasticidade está a todo vapor. Portanto, é um período perfeito para expor o seu filho ao máximo de atividades e conteúdo que puder — respeitando, é claro, os limites de cansaço dele. E isso irá ajudar pais e mães a terem mais tempo para si e suas atividades, como trabalhar ou até mesmo descansar.
Como escolher a creche: verifique as instalações, o quadro de ensino e de professores, os ideais e os valores. Com o passar do tempo, conforme a criança vai se desenvolvendo, é preciso até mesmo avaliar a cantina ou o compromisso nutricional da instituiçãocomo um todo. Como já foi dito, a criança passará a maior parte do tempo lá, longe do alcance de pais e mães e em um período intenso de aprendizado. É preciso que a escola seja responsável, esteja preparada e alinhada às suas expectativas.
Além da opção escolar, há mães e pais que preferem deixar seus filhos com uma babá. A origem dessa escolha pode variar de pessoa para pessoa: há quem acredite ser mais seguro, quem quer poupar o seu filho de passar tanto tempo longe de casa ou quem ache até mais econômico.
As vantagens de ter uma babá são várias. A atenção, por exemplo, ao seu filho, será exclusiva, individualizada. Você, e não um conjunto de pessoas, é quem ditará as regras, diferente de como acontece em creches e escolas. Além disso, a presença de uma cuidadora profissional não irá substituir a presença parental, mas pode ajudar a criança a se sentir mais segura por conta dessa figura de referência.
Estudos psicanalíticos apontam para uma necessidade de presença nos primeiros anos de vida. O “investimento de libido”, como chamam os estudiosos da área, diz respeito àquela atenção presencial, do corpo, do toque, do afago. A psicanálise ainda divide a figura materna — que pode ou não vir da própria mãe — como aquela que exerce justamente esse cuidado, enquanto a figura paterna — que, novamente, pode ser exercida por um pai, ou um tio e até um chefe, no futuro — é aquela que representa a lei, as ordens, a disciplina.
Esses conceitos não estão atrelados ao gênero: a mãe, por exemplo, pode exercer essa figura paterna da ordem, enquanto o pai pode oferecer esse cuidado relacionado à figura materna. O fato é que ambas as figuras são importantes para a formação de um indivíduo completo que irá, no futuro, fazer parte de uma sociedade complexa e que precisa ser disciplinado, mas também empático. A babá, nesse caso, pode desempenhar os dois papéis no crescimento do seu pequeno e, de quebra, conhecer a sua casa e os seus gostos como ninguém.
O desafio está em escolher uma babá que irá cuidar do seu filho por tempo integral: isso demanda tempo, estudo e pesquisa. É sempre preferível optar por alguém que já tenha experiência ou que, se está começando, tenha algum tipo de bagagem acadêmica ou formação profissional relacionada ao assunto. Cuidados como saber se a pessoa dirige, para idas de emergência ao hospital, e até se ela sabe primeiros socorros podem ser diferenciais. Novamente, atente-se às questões de valores e ideais, afinal, a criança é uma esponja e irá absorver tudo o que a cuidadora expuser.
Por fim, se o seu bolso permitir, é preferível que a babá seja somente babá e não tenha que desempenhar outras funções dentro da sua casa, como limpeza e organização. Assim, ela terá toda a atenção voltada para a criança.
Você ainda pode optar por modelos mistos, como babá e escolinha infantil alinhadas, ou até ter a sorte de ter um familiar disponível e de confiança. Lembre-se: não existe opção correta, existe a que funciona melhor para você e sua família!
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